Casa do secretário-geral do SINPES foi
vandalizada na segunda-feira e ele recebeu ameaças de morte
LUANDA — O grupo parlamentar da
UNITA, maior partido da oposição angolana, pediu às autoridades que investiguem
as ameaças de morte que foi alvo o secretário-geral do Sindicato dos
Professores do Ensino Superior (SINPES), horas depois de Eduardo Peres Alberto
ter revelado à Voz da América que a tua casa tinha sido vandalizada e que os
criminosos deixaram ameaças de morte.
A maior bancada da oposição "insta
os ministérios do Interior, do Ensino Superior e outros órgãos afins, no
sentido de investigar e esclarecer este e outros casos de ameaças a grevistas e
que os presumíveis autores sejam responsabilizados, pois, a greve é um direito
constitucionalmente consagrado", lê-se no comunicado enviado à imprensa
nesta terça-feira, 11, na qual aquela bancada acrescenta acompanhar "com
enorme preocupação as denúncias do assalto e vandalização da residência do
secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior, Peres Alberto,
com ameaças de morte, ocorrido no dia 10 de Abril, em Luanda".
Casa de Peres Alberto vandalizada e
ameaça de morte
O secretário-geral do SINPES contou à
Voz da América nesta terça-feira, 11, que ontem a casa dele foi vandalizada e
que os criminosos deixaram ameaças de morte.
Eduardo Peres Alberto afirmou que a acção,
que ele considera criminosa, visa semear o medo e obrigá-lo a desistir da greve
que já vai no seu segundo mês.
"Não levaram nada, eles partiram a
janela, e por sorte que é de dia, estavam lá filhos na sala, correram, e o que
comprova que é um acto criminoso é a mensagem dos criminosos de terem enviado
uma mensagem de ameaça afirmando que viram o susto pela próxima vamos
matar", contou o sindicalista e professor que entregou à polícia
"todos os dados, os contactos das mensagens".
Peres Alberto, que já apresentou três
queixas às autoridades, acrescentou que "a polícia continua a dizer que o
SIC está a trabalhar, mas a situação, cada dia que passa agudiza-se".
O sindicalista revela a sua enorme
preocupação com e apelo "à comunidade internacional e ao Governo para
responsabilizar a polícia e apresentar os criminosos”.