A onda de greves que decorrem em Angola afecta importantes sectores como os da Educação e da Justiça. Os protestos reflectem "a crescente degradação das condições sociais no país", apontam analistas políticos.
Os sectores do Ensino Superior e da Justiça têm sido afectados por greves sem um fim a vista, por falta de acordo com as entidades patronais. Os professores e os oficiais de justiça reivindicam, essencialmente, melhores salários e condições de trabalho.
O Sindicato do Ensino Superior denunciou intimidações aos grevistas e ameaças de morte. Ameaças anónimas dirigidas ao telemóvel do seu secretário-geral. Eduardo Peres Alberto denunciou que foi alvo de uma ameaça de morte na terça-feira, 28 de Março, devido à paralisação nas universidades públicas de Angola.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJA) anunciou a detenção de dois membros em frente o Tribunal Provincial da Região do Bie. Os dois magistrados foram detidos pela polícia e soltos aglumas horas depois.
A falta de emprego e a crescente pobreza das populações fazem aumentar a tensão social em Angola. Esta sexta-feira, 31 de Março, a população angolana foi chamada a participar no protesto “Dia 31 fica em casa”. A iniciativa que fez muitos angolanos faltar ao trabalho esta sexta-feira partiu de um grupo de activistas liderado por Nelson Adelino Dambo, conhecido por "Gangsta", em resposta às dificuldades sociais que o país enfrenta nos últimos anos.
Fonte: Angola Transparente