Lisboa
- O Presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas – EPAL,
E.P Manuel Silva Lopes da Cruz “Sopas”, foi exonerado na passada sexta-feira,
21, e no dia seguinte foi detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Foi igualmente detido um outro membro do CA, Alberto Miguel Manuel.
A detenção deveu-se a actos verificados na operacionalidade da nova Estação
de Abastecimento de Agua (ETA) no distrito de Calumbo, não obstante
a outras reclamações que davam conta da sua não correspondência para o cargo.
Segundo apurou o Club-K, o aceleramento da queda do conselho de
administração da EPAL, que foi reconduzida há um ano, aconteceu por iniciativa
do Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges por notar que os
constrangimentos de produção na ETA- Calumbo, estavam inalterado depois da sua
visita que efectuou em Outubro de 2022.
onsta que quando na passada quinta-feira, 20, o Ministro João Baptista
Borges regressava de uma missão ao interior do país, recebeu uma denúncia sobre
o estado de improdutividade em que se encontrava a ETA- Calumbo, que abastece
as zonas que correspondem o Zangos. Ao entrar para Luanda, junto com a sua
comitiva, o governante decidiu ir ao local para fazer uma visita surpresa na
qual foi confrontado com sérios problemas tais como maquinas inoperantes ou
paralisadas; bombas de enxugar avariadas, que terão contribuído para
limitações de distribuição do precioso liquido.
No seguimento das últimas chuvas em Luanda, a estação do Calumbo,
sofreu inundação danificando parte dos seus aparelhos devido a curto circuito.
Como consequência a área do Zango ficou desprovida de água.
Ao contrario da distribuição de 2022, em que produção estava limitada
devido à avaria de três bombas, desta vez, foi notado que apenas uma maquina
estava a funcionar no abastecimento da zona do Zango.
Escandalizado com o que constatou no terreno, o governante e a sua comitiva
não tiveram duvidas que estavam diante de um acto de vandalismo e sabotagem ao
fornecimento de agua as zonas do Zango, em Luanda. Baptista Borges pediu
esclarecimento a um administrador técnico Alberto Miguel Manuel e a um operador
da ETA- Calumbo cujas explicações o deixaram intranquilo tendo por
sua vez, acionado o Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Ao chegar no terreno, o SIC, levou para interrogatório o referido administrador
da EPAL para área técnica, Alberto Miguel Manue e o operador da ETA -
Calumbo.
No dia seguinte, o ministro João Baptista Borges deu a conhecer ao
Presidente da República, a quem coube assinar os despachos presidenciais de
exoneração de todo o conselho de administração da EPAL. No mesmo dia da
exoneração, o PCA cessante foi igualmente levado pelo SIC, para responder,
havendo informações de se haver acrescentado acusações comprometedoras contra a
sua gestão.
Surgiram igualmente denuncias segundo as quais uma empresa conotada
aos interesses empresariais do PCA manuel Cruz é quem realizava os
trabalhos de manutenção na Estação de Tratamento de Água (ETA) na
centralidade do Kilamba prestando um mau serviço assinalado por cortes do precioso
liquido nesta localidade.
Manuel Silva Lopes da Cruz, “Sopas” que é engenheiro de construção civil
com passagem pelo ministério da construção, foi substituído do cargo de PCA da
EPAL por um veterano Adão Manuel da Silva.
De todos os membros do conselho de administração da EPAL, apenas sobreviveu
uma administradora Eva Dinamene Damião Fernandes da Costa, citada como sendo
familiar da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
Fonte: Na Mira do
Crime