Quase três anos depois da sua criação, JLo arranjou, finalmente, um tempinho para reunir-se, pela primeira vez, com o Comité de Honra (CH) do MPLA, tido como um órgão de consulta do presidente desse partido.
Alguns dos membros desse Conselho criado em 2021 não estiveram presentes por motivos de doenças, não tiveram a " honra" de assistir ao primeiro conclave porque já pereceram, sendo o caso mais sonante o de JES.
Pelo longo período que separa a criação desse órgão à realização da sua primeira reunião chega-se facilmente à conclusão de que JLo não lhe dá grande importância ou não constava na lista das suas prioridades.
Conhecendo-se como funcionam as regras da " democracia orientada e disciplinada" que regem o MPLA, não é crível que os " velhotes " tenham tido a coragem e a frontalidade para dizer na cara do presidente da sua formação política que os níveis de descontentamento popular e a impopularidade de JLo aumentaram exponencialmente devido à má governação.
Admitindo-se hipoteticamente que tenham feito algumas críticas à forma como JLo dirige os destinos do partido e Estado, não é dado adquirido de que ele venha a inverter o quadro da sua governação.
Embora tenha sido uma actividade de cunho meramente partidário, que apenas diz respeito ao MPLA, as TPA's não se coibiram de dar grande destaque ao acontecimento, com directos feitos pelos seus repórteres. Outro partido teria tido a mesma " honra" e oportunidade?
Numa de fazer um " frete" partidário, Nuno Agnelo, repórter da TPA-3, meteu os pés pelas mãos ao afirmar que os participantes perfilados em foto de família eram as pessoas que têm aconselhado JLo. Como isso foi possível, se hoje foi a primeira vez que eles estiveram reunidos?
Fonte: Angola Transparente