Um cessar-fogo frágil, violado
inclusive com ataques contra civis e uma evacuação apressada estão a marcar a
atualidade de quase duas semanas de guerra pelo poder iniciada no Sudão a 15 de
abril.
As forças militares do general
Abdel Fattah Burhan tentam reprimir a ofensiva das milícias rebeldes das Forças
de Apoio Rápido afetas ao antigo vice líder do regime de transição, o também
general Mohammed Hamdan "Hemetti" Dagalo, num confronto que poderá a
estar a ser instigado de fora para dentro e que poderá inclusive ter mão do
agora famoso grupo mercenário russo Wagner
O secretário-geral das Nações Unidas diz que "o conflito no Sudão não vai nem pode ser resolvido no campo de batalha". "Os líderes sudaneses têm de colocar os interesses do povo à frente e no centro, e silenciar as armas", expressou António Guterres esta manhã pelas redes sociaiO Sudão está sobre brasas desde o início dos violentos confrontos armados. Apesar de um cessar-fogo de 72 horas ter sido anunciado à meia noite de segunda-feira, as trocas de tiros continuam na capital Cartum e na cidade vizinha de Omdurman.
Entretanto, um grupo armado ocupou o Laboratório Central de Saúde Pública de Cartum, onde estão armazenadas amostras de várias doenças contagiosas.
“Isto é extremamente perigoso porque temos amostras de poliomielite, de sarampo e de cólera no laboratório. Há, por isso, um enorme risco biológico associado à ocupação do Laboratório Central de Saúde Pública em Cartum por uma das partes em conflito", alertou Nima Saeed Abid, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Sudão.
Pelo menos 459 pessoas já morreram e mais de quatro mil ficaram feridas nestas quase duas semanas de conflito, estimam as Nações Unidas.
Fonte: Euro News Português