Luanda - A direcção do Hospital
Municipal do Zango, no município de Viana, expulsou este domingo, 4, por
excesso de faltas, 14 enfermeiros, entre efectivos e colaboradores, entre os
quais duas técnicas que estavam de serviço ao banco de urgência mas que
abandonaram o local de trabalho para irem dormir, deixando vários pacientes sem
atendimento.
Alguns enfermeiros expulsos
estavam escalados para trabalharem no sábado, mas não se apresentaram ao
serviço nem comunicaram as suas ausências. Uma enfermeira trabalhou sozinha no
banco de urgência daquela unidade hospitalar na noite de sábado para domingo, o
que irritou a direcção e os utentes, soube o Novo Jornal
Segundo o director municipal da
saúde de Viana, Matondo Alexandre, os enfermeiros expulsos têm repetido estas
práticas de forma recorrente.
Conforme o responsável, toda as
ausências de enfermeiros nos hospitais devem ser comunicadas para que as
equipas façam acertos e adaptações. Matondo Alexandre disse que os visados são
reincidentes e já catalogados pela direcção do hospital do Zango e pela direcção
municipal da saúde de Viana.
"Tanto os colaboradores como
os estagiários e voluntários, que têm mais de cinco faltas injustificadas, não
devem continuar a trabalhar e portanto foi decidida a expulsão dos 14
enfermeiros", contou o director municipal da saúde de Viana.
O director de enfermagem do Hospital
Municipal do Zango, Pedro Dala, disse que não faltaram conselhos às colegas
agora expulsas e realçou que os hospitais não são sítios para os técnicos
dormirem quando estão de serviço.
Arrependidas após a expulsão, as
duas enfermeiras que abandonaram o Banco de Urgência para irem dormir, pediram
perdão à sociedade e reconheceram os seus erros.
Esta é a primeira vez em Luanda
que técnicos de enfermagem são expulsos por excesso de faltas e por abandonarem
o banco de urgência, deixando aquele serviço hospitalar sem profissionais
suficientes.
Importa referir que o banco de
urgência do Hospital municipal do Zango atende, em média, mais de 600 pacientes
por dia.