Luanda - Quem diariamente circula pela rua
Olímpio Macuéria, também conhecida como estrada nova do Palanca e pela via do
Dinak, que dá acesso à lixeira do avô Kumbi, consegue perceber os problemas que
os condutores enfrentam por causa do mau estado das estradas.
Adegradação das principais vias
de acesso do distrito urbano do Palanca, no município do Kilamba Kiaxi, está a
deixar agastados os automobilistas que circulam pelo bairro, que manifestaram a
sua preocupação ao Novo Jornal com os estragos que as chuvas que se avizinham
poderão causar.
A via do largo do Zaba, por
exemplo, é uma das principais do Palanca-2, onde estão localizadas a estrutura
física da administração do distrito e o centro materno infantil. A via fica
intransitável em tempos de chuvas e muitos são os automobilistas que optam por
dar longas voltas para não passarem pelas águas que ali ficam paradas, dias a
fio.
Na via da rua Olímpio Macuéria,
já foi fechado o buraco que havia na ponte que desabou em Fevereiro de 2019,
mas a estrada continua deteriorada, tornando difícil a circulação dos
automóveis no troço rodoviário que liga o Sanatório ao antigo campo da ex-Força
Aérea Popular de Angola (FAPA), no bairro Popular.
A qualquer momento poderá chover
e os taxistas que fazem daquelas estradas a sua maior fonte de rendimento
lamentam quase todos os dias pela actual realidade das vias de acesso do
Palanca-2.
Artur Gonçalves, que se mostrou
descontente com as condições que a ponte da estrada nova apresenta, contou que,
quando chove, ninguém consegue passar por lá.
"Nós sofremos muito com tudo
isto, trabalho nesta via há cinco anos e, quando chove, ninguém consegue passar
por aqui, porque a estrada fica intransitável", disse.
"Alguns colegas meus estão
parados, porque as suas viaturas se estragaram nesta estrada, no tempo seco as
coisas já foram difíceis, infelizmente a situação vai piorar com as chuvas",
acrescentou o taxista.
O jovem Edvánio Francisco contou
que para conservar a sua viatura, parou de usar a via do Olímpio Macuéria há
três anos, apesar de ser o caminho mais próximo do seu local de trabalho.
" Há três anos que prefiro
dar volta pela avenida Deolinda Rodrigues e fazer o contorno no viaduto do
Catetão e depois sigo pela rua do laboratório criminal, para conseguir chegar
seguro até ao meu local de trabalho", contou.
Os taxistas que fazem a rota
Palanca-Sanatório e avô Kumbi lamentam igualmente pela degradação daquela via,
dizendo que "os pontos mais críticos na época chuvosa são as imediações da
lixeira do avô Kumbi e o largo do Zaba, onde, defronte ao centro materno, fica
muito alagado e dificulta a passagem dos carros, bem como dos peões".
Após o Novo Jornal ter ouvido os
depoimentos dos taxistas e de outos automobilistas, seguiu para a administração
do distrito do Palanca, onde contactou o administrador adjunto para a área
técnica, Euclides Cristóvão, que assegurou que, "em breve", as vias
serão reabilitadas, mas nem todas beneficiarão de um tapete asfáltico.
" A estrada da rua Olímpia
Macuéria será reabilitada ainda este ano em toda sua dimensão pela empresa
Mota-Engil, após os acabamentos finais da obra no distrito do Neves
Bendinha."
Euclides Cristóvão esclareceu
também que as vias internas (secundárias e terciárias) serão apenas
terraplanadas, e não vão ser asfaltadas, como é o caso da rua do Dinak e do
Kayango.
O administrador adjunto para área
técnica disse ainda que "o gabinete de infraestruturas e serviços técnicos
do Governo Provincial de Luanda é que está à frente do processo da obra de
reabilitação que será feita nas estradas do Palanca".
Há mais de dez anos que a rua do
Zaba não beneficia de um tapete asfáltico e o asfalto da rua da estrada Nova já
foi à vida, tanto é que alguns condutores usam como alternativas as ruas do
Palanca-1 para chegarem até à cidade sem dificuldades, mas o trajecto não é o
mesmo para quem faz serviço de táxi dos congolenses, tendo a via da Olímpia
Macuéria como trajecto.