Bengo - O Estabelecimento Penitenciário do Caboxa mantém um sistema de vigilância e controlo de entrada e saídas de meios, objectos e alimentos proibidos no interior penal, assim como, continua a apostar na humanização e ressocialização do recluso através da sua inserção no trabalho socialmente útil.
A nossa reportagem efectuou nesta terça-feira 22.08.2023, uma ronda às diversas áreas do Estabelecimento Penitenciário do Caboxa em Caxito, para constatar in loco o trabalho desempenhado pelos seus efectivos e o tratamento dado aos reclusos envolvidos no trabalho socialmente útil.
A nossa reportagem começou por verificar, que logo à entrada uma equipa de turno, que de acordo com o 1° subchefe Prisional Salvador Leite um dos componentes da mesma, tem a missão de revistar todos os que entram, incluindo os próprios efectivos, referindo que, é uma prática normal do dia a dia, no âmbito da prevenção, não se pode entrar com telemóveis ou outros objectos. De referir ainda que esta equipa, verifica rigorosamente o trajo dos visitantes ou familiares em termos de decência, proibidos de entrar igualmente com quaisquer assessórios.
Já no interior penal conversamos com o chefe do Bloco Prisional inspector prisional José de Andrade Cassoma, que disse que mantém um grupo de efectivos nos blocos do interior penal, para impedir a entrada de qualquer meio proibido, que não tenha sido detectado no portão principal e seja trazido por familiares para introduzir nas cadeias, "nós fazemos o corte aqui no parlatório", garantiu.
Em situações de doenças dos reclusos, a chefe de Departamento de Saúde, inspector prisional-chefe Albertina Sebastião disse que este órgão atende uma média de 20 pacientes, com patologias diversas, com destaque para a malária, a TDA, e as Doenças respiratórias agudas, em que os casos mais graves são transferidos para o Hospital Abel dos Santos afecto à Delegação do Minint e em casos mais graves este transfere para o Hospital Prisão de São Paulo.e interrogada, garantiu não haver falta de fármaco, uma vez que são fornecidos regulamente pelo órgão superior.
Na ocasião, o inspector prisional Lourenço Calei chefe de secção de Segurança Institucional disse que só é permitida a entrada no interior penal os alimentos cozidos, mas aqueles que não passaram pela cozedura como por exemplo o chouriço, a mortandela ou bombó, mas os refrigerantes e sumos são adquiridos em local apropriado dentro do Estabelecimento.
De acordo com o intendente prisional Manuel Zua, chefe de Reabilitação Penitenciária, 204 reclusos estão enquadrados no trabalho socialmente útil e 164 inscritos para o próximo ano lectivo, cumprindo com a missão do Serviço Penitenciário, humanizar, enquadrar no trabalho socialmente útil e reintegrar o recluso na sociedade. Outro responsável da área de produção, inspector-chefe prisional Ângelo Sucúpia informou-nos que para o trabalho avícola conta com 4 reclusos e agrícola com 76 reclusos, onde foi possível colher 247 toneladas de produtos diversos.
De referir, que o Estabelecimento Penitenciário do Caboxa conta actualmente com 611 reclusos dos quais 126 em prisão preventiva e 485 condenados.
