Lubango - O comandante provincial
da Polícia Nacional (PN) da Huíla, comissário Divaldo Martins, sugeriu, no
Lubango, maior envolvimento das administrações municipais na concretização
plena do projecto “Policiamento de Proximidade”, para a prevenção de crimes, riscos
e ameaças à ordem pública.
A proposta foi apresentada neste domingo, quando
dissertou o tema , “Policiamento de Proximidade”, no Workshop da Feira dos
Municípios e Cidades de Angola (FMCA), que decorreu, nesta cidade de 10 a 13
deste mês em curso, sob o lema “A vida faz-se nos municípios” e contou com a
participação dos 164 municípios das 18 províncias do país.
Evento que de 12 a 13, abordou igualmente entre outros temas, a “Estratégia para Atracção de Fixação de Investimentos nos Municípios”, Empresas Municipais e Concessões de Serviços Públicos Municipais” e as “Estratégias para Requalificação Urbana”.
Divaldo Martins justificou
tratar-se de uma tarefa que
requer a aposta na participação de
outros entes, públicos e privados, nos processos de identificação e solução das
questões de segurança, sendo que da Polícia e dos polícias espera-se
comunicação, proximidade, empatia, cooperação e pedagogia.
O oficial superior apontou
com algumas razões do insucesso
da implementação do “Policiamento de Proximidade”, a falta
de orçamento próprio, inconsistência
dos programas e projectos, pouco acompanhamento dos projectos pelas
estruturas centrais do Comando Geral da PN.
Indicou ainda como
constrangimento a resistência interna ao modelo/mudança, a deficiente
comunicação interna e externa, objectivos mal definidos, o pouco envolvimento dos órgãos locais, o
desinteresse e pouco envolvimento dos cidadãos nas questões comunitárias e das lideranças nos programas e projectos de seguranças.
De acordo com o comissário Divaldo Martins, há necessidade de mudar o actual quadro, apresentando como exemplo o que aprenderam e que o fizeram na província da Huíla, como resultados desse maior envolvimento dos órgãos locais, desenvolveram um programa específico, definiram um conceito “polícia do bairro”, estabeleceram objectivos gerais, implementaram o programa na organização, definiram vectores, acções padrões de proximidades e programa de prevenção criminal prioritária.
“Realizamos visitas comunitárias,
visitas solidárias e encontros comunitários de segurança, programa de prevenção
criminal, como escola segura, turismo seguro e comércio seguro, definimos
procedimentos, objectivos específicos indicadores, mecanismos de monitorização
e avaliação nos 14 minutos, criamos ferramentas de encontro, trabalho,
adquirimos meios de apoio, elaboramos uma estratégia de comunicação, definimos
um plano de implementação”, elucidou. BP/MS