Huambo - Mais de oito milhões de
crianças em Angola vivem em agregados de extrema pobreza, o que representa 40
por cento do total de crianças no país, revela o relatório do Fundo das Nações
Unidas para a Infância, (UNICEF) em parceria com o Banco Mundial (BM) divulgado
recentemente.
Analistas sociais pedem as
autoridades que repensem os programas de apoio e proteção social às famílias
vulneráveis.
O documento indica que em cada
100 crianças 40 vivem em famílias em extrema pobreza, com menos de 2.000 mil
kwanzas (2,4 dólares) por dia, dado que coloca o país entre as 47 nações
consideradas de rendimento médio e baixo, no sétimo lugar, numa lista liderada
pela Zâmbia.
O estudo, que analisa as
tendências globais da pobreza monetária infantil, refere que 12 milhões de
crianças vivem em Angola com 2 mil kwanzas por dia e 17 milhões com sete mil
(8,4 dólares) diários.
O Governo angolano tem estado a
ensaiar várias iniciativas para combater a fome e a pobreza, sobretudo em
famílias vulneráveis, como o designado Kwenda, um projeto de transferência
monetária às famílias, cujos resultados ainda não abrangem grande parte das
famílias segundo observadores locais.
Dados indicam que, entre os
fatores deste quadro, figura o crescimento da população e a ineficiência de
políticas públicas, daí que analistas olham para as projeções sobre os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de erradicação da pobreza infantil
até 2030, uma meta que não será alcançada.