Huíla – Uma mulher de 51 anos de idade foi morta à
paulada e enterrada na cozinha de sua casa, no município da Matala, na Huíla,
supostamente pelo pedreiro, que também desempenhava o papel de guarda.
O cadáver só foi descoberto nesta
quinta-feira (28), naquele município que dista a 180 quilómetros a Leste do
Lubango, três meses após ter sido dada como desaparecida pela família.
O Serviço de Investigação
Criminal (SIC) exumou o cadáver da mulher, após prender o guarda de 34 anos,
que confessou e revelou detalhes do crime que ocorreu no bairro Muvale,
arredores do município.
Ao falar do caso, o porta-voz do
SIC-Huíla, inspector Segunda Quitumba, afirmou que o homicídio ocorreu no dia
21 do mês de Junho, altura em que a vítima foi para uma das suas residências,
em obras, onde vive a sua filha de 22 anos, que na ocasião, encontrava-se fora
do município.
Citando trechos do depoimento do
suspeito, o oficial afirmou que por razões ainda por se determinar, o homem
muniu-se de um pau e com ele desferiu vários golpes na cabeça da vítima,
levando à morte no local, de seguida, arrastou o corpo até a cozinha, por ser o
único local que não havia sido pavimentado, tendo enterrado a vítima e
posteriormente cimentado o espaço.
Acrescentou que em acto contínuo,
subtraiu 30 mil kwanzas da vítima, um cartão multi-caixa com o referido código,
uma motorizada, uma botija de gás butano e o telemóvel da mulher.
Segunda Quitumba salientou que
após a denúncia sobre o desaparecimento da cidadã em causa, o SIC deu início ao
processo de investigação que terminou na localização do cartão SIM da vítima,
inserido no telemóvel do suspeito e, fruto disso, a detenção do mesmo, dia 23
do mês em curso.
Ressaltou que o suspeito
confessou ter sido o autor do homicídio e indicou o local onde praticou e
enterrou a vítima, daí que a corporação fez a exumação dos restos mortais a
cidadã, subsequente autópsia.
O suspeito já foi presente a um
juiz de garantias, que definiu a prisão preventiva como medida de coação
pessoal.
Fez saber que o SIC vai nos
próximos dias pronunciar-se sobre o relatório final do Departamento de Medicina
Legal, em relação ao trabalho forense feito no cadáver da vítima