A ministra
da Saúde, Sílvia Lutucuta, mostrou-se desapontada com os repetidos casos de
rejeição de pacientes nos hospitais públicos da província de Luanda, onde o na
semana passada uma mulher foi rejeitada na Maternidade Lucrécia Paim, após ser
transferida de outra unidade sanitária. A ministra reuniu de emergência com
vários directores gerais e clínicos dos grandes hospitais públicos.
Nos últimos dias, vários utentes têm reclamado muito da
rejeição e de tratamento desumanos nas unidades sanitárias, particularmente ao
nível da província de Luanda, pelo pessoal médico de serviço.
O caso polémico e recente foi no passado mês de Setembro,
oquando um jovem, de 25 anos, morreu, depois de não ter sido atendido no
Hospital Américo Boavida.
Este Domingo, 22, segundo apurou o Novo Jornal junto de uma
fonte do MINSA, Sílvia Lutucuta não gostou do que terá ocorrido na Maternidade
Lucrécia Paim, na sexta-feira, 20, onde uma mulher foi rejeitada por uma médica
de serviço mesmo após chegar àquela maternidade proveniente de um hospital de
referência de Luanda.
A paciente, que precisava de uma cirurgia, estava
acompanhada da sua mãe, uma anciã, e partilhou o descontentamento nas redes
sociais, após a rejeição, facto que chamou a atenção das autoridades.
Na conversa que a ministra manteve com a paciente, Sílvia Lutucuta
mostrou-se desapontada com os repetidos casos de rejeição de pacientes nos
hospitais e salientou que muitos profissionais precisam de ter "coração
leve", para não cometerem erros do género.
A seguir à visita à paciente recusada, a ministra reuniu com
os directores gerais e directores clínicos dos grandes hospitais públicos de
Luanda, aos quais expressou a profunda preocupação e deceppção com os repetidos
casos de rejeição e de tratamento desumano em várias unidades hospitalares.
Sobre o caso de rejeição da paciente na Maternidade Lucrécia
Paim, uma fonte bem posicionada do MINSA confidenciou ao Novo Jornal que
"a direcção clínica desta maternidade e não só será exonerada esta semana.
"Não restam dúvidas de que haverá exonerações ainda
esta semana. A ministra ficou profundamente desapontada com a médica e não só,
neste último caso", assegurou a fonte.
Vale recordar que após a morte do jovem de 25 anos à porta
do Hospital Américo Boavida (HAB), no mês de Setembro, por negligência, a
equipa medica de serviço foi suspensa e o processo disciplinar decorre.