Presidente do conselho da administração da RNTE avisa que o País corre o risco de passar quadra festiva às escuras - Actos de vandalismo causaram danos de 5 milhões de dólares

 


Luanda  O presidente do conselho de administração da Rede Nacional de Transporte de Electricidade, Rui do Amaral, revelou que os actos de vandalismo que culminaram com a destruição de torres de energia eléctrica causaram um prejuízo de cinco milhões de dólares e avisou que os angolanos correm o risco de passar a quadra festiva às escuras.

Rui do Amaral denunciou a existência de um grupo não identificado de cidadãos que se dedica à sabotagem dos equipamentos eléctricos do País.

"A forma como agem, prova que sabem bem o que fazem. Se a situação prevalecer, o País pode passar a quadra festiva às escuras", acrescentou, em declarações à Televisão Publica de Angola.

Recentemente, o ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, considerou, como acto de "terrorismo", a vandalização de torres de alta tensão de 400 quilovolt (kV) da linha de transporte Cambambe (Kuanza Norte) e a subestação de Viana (Luanda).

Francisco Furtado disse que trata de "acções dirigidas de sabotagem que têm de se enquadrar no âmbito do terrorismo".

O ministro frisou que as Forças de Segurança e Defesa Nacional "vão promover um combate cerrado para neutralizar os grupos que estão a criar situações para a instabilidade, a fim de inviabilizar o desenvolvimento do País".

Na sexta-feira, 09, o Presidente da República, na sua página de Facebook, alertou que todos os comportamentos que põem em causa a vida humana, individual e colectiva devem merecer a reprovação veemente da sociedade, nos termos da Lei.

"Não continuaremos a assistir, impávidos, à destruição do nosso património público (cabos eléctricos, tubos de água, carris, fábricas, aeroportos, portos), à travessia de pessoas em locais proibidos, assim como à pilhagem dos nossos recursos", referiu.

Para João Lourenço "nenhum cidadão comprometido com o bem do seu País se deve manter indiferente diante de um fenómeno que, de tão pernicioso, põe em causa a vida e o bem-estar da colectividade".

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