O Procurador-Geral da República, Hélder Fernando Pitta Gróz, reconduzido
no cargo para mais um mandato de cinco anos, a 26 de Abril de 2023, é para nós
a pior figura do ano de 2023.
Com um mandato até Abril de 2028,
Pitta Gróz, como é carinhosamente chamado, encabeça “um falhado” combate à
corrupção que lhe pode sair a culatra.
Usado como “cão de caça” do
Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, que exerce igualmente
o seu segundo mandato, que vai até Setembro de 2027, Hélder Pitta Gróz, não
consegue acertar os passos do anunciado combate à corrupção.
Um militar com a patente de
general, Pitta Gróz, caminha sem o mínimo de poder pelo país, mesmo sabendo que
mais cedo ou mais tarde serão responsabilizados por levarem a cabo
um projecto de perseguição “que pode lhes custar caro”.
João Lourenço, que já não é uma
figura electiva, olhando para a Constituição da República de Angola em vigor,
definiu para o combate à corrupção uma perseguição sem trégua à empresária
angolana Isabel dos Santos, filha do antigo Chefe de Estado, José Eduardo dos
Santos (falecido) tendo deixado de fora, tubarões como Leopoldino Fragoso do
Nascimento, também conhecido como “General Dino ”, antigo Chefe do Serviço de
Comunicação do ex-Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos.
Desdobram-se num amarfanhado “de
fachada” processo contra o General Manuel Hélder Vieira Dias Júnior, conhecido
pelo apelido de “Kopelipa”, antigo ministro de Estado e chefe da Casa Militar
na época do ex-estadista JES.
Na verdade, com ajuda do general
Fernando Garcia Miala, actual chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do
Estado, Hélder Fernando Pitta Gróz, executa um combate à corrupção selectivo.
Senão vejamos: Há uma peste
corruptiva na Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária (DTSER), mas não
interessa a ninguém. Não se emite um passaporte em Angola sem que se pague, não
menos que 80 mil kwanzas, ao pessoal pertencente ao Serviço de Migração e
Estrangeiros (SME) ou que se tenha cunha para o efeito.
Outra vergonha deste processo
contra corrupção foi ver à luz do dia, o engavetamento do processo contra
Francisco Higino Lopes Carneiro, também general, empresário, membro do Bureau
Político do MPLA e ministro das Obras Públicas, bem como governador de Luanda.
Foi nesta condição de governante
que Hino Carneiro terá desviado dos cofres do Estado avultados milhões de
kwanzas, segundo a acusação do Ministério Público que falava em mais de 119
milhões de kz, mas que o processo não chegou a julgamento, mesmo com o despacho
de pronúncia.
Pitta Gróz é procurador-geral da
República de Angola desde 2017, tendo na altura substituído João Maria de
Sousa, também ele general e tem como vice Inocência Pinto.
João Lourenço recebeu, na altura,
os três nomes mais votados entre os nove pré-candidatos aprovados pela Comissão
Eleitoral do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público.
A procuradora Inocência Pinto foi
o nome mais votado pelos seus pares, recolhendo, 11 votos favoráveis, enquanto
Hélder Pitta Gróz, obteve 10 votos, empatando com o procurador Mouta Liz, que
se encontra estacionado.
Pelo cancro da corrupção em
Angola é imperioso um verdadeiro combate ao fenômeno considerado como o pior
mal depois da guerra civil que devastou o país durante várias décadas, ceifando
milhares de vidas humanas.
É inconcebível um combate à
corrupção de “faz de conta”, onde o corrupto e corruptor andam de mãos dadas.
De recordar que outro verdadeiro caso que torna Pitta Gróz “incompetente” em
agir, envolve Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar Costa (Edeltrudes Costa),
actual ministro e director do gabinete do Presidente da República, João Manuel
Gonçalves Lourenço, agora conhecido por “novo Kopelipa”, uma alcunha
que o irrita, mesmo depois de ter sido citado em diversos casos de corrupção,
continua a liderar os mais importantes dossier da nação. ISSO PODE VOS CUSTAR
CARO…
Fonte: O Decreto