O director geral da Inspecção Geral da Administração
do Estado (IGAI), Ângelo da Veiga Tavares, disse esta terça-feira, 02, que há
"agentes activos e passivos", que beneficiaram da corrupção em Angola,
bastante unidos "para desencorajar e desacreditar o combate à corrupção
levado a cabo pelo Executivo", recorrendo à "imprensa
mercenária". Ângelo da Veiga Tavares disse ainda que os tais agentes
estarão mais activos nos próximos dias.
Segundo o número um da IGAE,
tanto os dirigentes como os governantes não devem deixar-se intimidar por essas
pessoas.
" Por estas ocasiões eles
estão sempre unidos e desenvolvem actividades no sentido de recorrerem a
`imprensa mercenária` para difamarem e caluniarem. Não devemos estar
preocupados com isso nem nos deixar intimidar", disse o inpector geral do
Estado, assegurando que "estas pessoas, corruptas, estarão sempre recorrer
aos supostos portais de notícias, a que chamou "pasquins".
Conforme Ângelo da Veiga Tavares,
que recebeu esta terça-feira os cumprimentos de ano novo, é assim que muitos
têm tentado desacreditar a Inspecção Geral da Administração do Estado.
Segundo Ângelo da Veiga Tavares,
o processo de certificação da dívida interna sob responsabilidade da IGAE,
permitiu poupar ao Estado milhões de kwanzas e também de dólares.
O responsável da IGAI sublinhou
que as actividades inspectivas têm identificado indícios de crimes graves
praticados por empresas públicas, cujos processos são submetidos à
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em Dezembro último, a IGAE
detectou um esquema de corrupção na Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL),
em que funcionários terão desviado mais de um milhão de dólares, comprando 18
residências em dois condomínios, no município de Talatona, e oito viaturas
modelo Land Cruiser.
Conforme a IGAI, entre os
acusados estão os antigos presidentes do Conselho de Administração da EPAL e
altos funcionários da empresa, que terão beneficiado de mais de 20 milhões de
dólares no esquema de corrupção.