Luanda - Os efectivos da ordem
pública da Polícia Nacional (PN) estão em prevenção desde a passada
sexta-feira,15, prontos a intervir durante a greve geral da função pública
anunciada para dia 20, convocada pelas centrais sindicais. Fontes da PN
asseguram que têm mobilizados homens e meios "para a manutenção da ordem
pública em caso de tumultos".
As três centrais sindicais dizem
que a greve será feita em casa e que ninguém sairá às ruas, refutam a ideia de
uma manifestação e desdramatizam o anúncio de que a Polícia Nacional estará de
prevenção, que consideram não ser necessária.
O Novo Jornal sabe que a polícia
de ordem pública, em todos os comandos provinciais, está em prontidão desde a
passada sexta-feira, em função da greve na função pública.
A Polícia de Intervenção Rápida
(PIR) a nível do País, assim como a Unidade de Reacção estão em alerta para
eventuais intervenções caso sejam chamados, confidenciou uma fonte da PN ao
Novo Jornal, solicitando anonimato.
A Força Sindical, a Confederação
Sindical (UNTA) e a Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de
Angola (CGSSILA) determinaram que a paralisação acontecerá de 20 a 22 de Março,
numa primeira fase.
Caso o Governo insista em não
ceder às exigências das centrais, haverá uma segunda fase da greve que deve
acontecer de 22 a 30 de Abril.
Ao Novo Jornal, o porta-voz dos
sindicatos, Teixeira Cândido, disse não ser necessária a presença policial nas
ruas, pois a greve, em princípio, será feita em casa e ninguém sairá às ruas
para se manifestar.
Centrais sindicais prometem parar
o País no dia 20 para reivindicar aumentos salariais, actualização de subsídios
e desagravamento dos impostos.
A decisão de uma greve geral
interpolada foi tomada por unanimidade para reivindicar o aumento do salário
mínimo dos actuais 32.181,15 para 245 mil kwanzas, valor que baixou entretanto
para os 100 mil.
As centrais sindicais apelam a
"uma greve pacífica" e pedem às pessoas que fiquem em casa nesses
dias, assegurando que não fecharam as portas à negociação. NJ