Luanda - União das Cooperativas e
Associações de Taxistas e Mototaxistas de Luanda está a negociar com as
autoridades o aumento para o dobro da tarifa de táxi, atualmente fixada em 150
kwanzas (0,16 euros).
Segundo o presidente da União das
Cooperativas e Associações de Taxistas e Mototaxistas, António Freitas, as
negociações foram retomadas depois da ameaça de paralisação dos serviços, esta
segunda-feira (25.03), que acabou por não se concretizar.
António Freitas frisou que o
Governo Provincial de Luanda chamou os taxistas, na sexta-feira, para ouvir as
suas inquietações face ao anúncio da intenção de pararem devido ao fim da
subvenção do preço da gasolina, decretado pelo Governo, a partir de 30 de
abril.
O Governo angolano anunciou a 01
de junho do ano passado, a retirada gradual do subsídio aos combustíveis, que
começou pela gasolina, mas isentando algumas atividades económicas, incluindo
as de táxis e mototáxis que recebiam este desconto através cartões com um
'plafond' diário, que vai acabar no final do próximo mês.
A intenção de paralisar as
atividades de táxis e mototáxis foi comunicada em 11 de março ao Governo
Provincial de Luanda, depois de apresentadas em 08 de janeiro as reivindicações
relativas a seis pontos, que passam pela criação de paragens de táxis e
definição de rotas, subvenções aos combustíveis e regulação da atividade, entre
outros.
Para o Governo, realçou António
Freitas, enquanto continua a subvenção não há motivo para os taxistas
paralisarem o serviço, sugerindo que apresentem neste período a proposta para o
aumento da tarifa.
"Temos um prazo de 15 dias
para apresentarmos a nossa proposta, o encontro foi na sexta-feira, e hoje
começaram as negociações", disse à Lusa António Freitas, salientando que
pretendem que a tarifa do táxi suba para 300 kwanzas (0,33 euros).
A União e Associações e Taxistas
e Mototaxistas congrega quatro cooperativas e três associações. DW