Benguela - Durante a cerimônia de apresentação do novo governador da província de Benguela, Manuel Nunes Júnior, nesta quarta-feira, 06, um corte de energia elétrica deu um vislumbre dos desafios que ele terá pela frente, especialmente no enfrentamento dos problemas sociais da região. Nunes Júnior reforçou que pretende dar continuidade às obras emergenciais em curso nos últimos três anos.
Embora a energia elétrica não seja o problema mais urgente no momento, especialmente em comparação com a crise de água, os três minutos de apagão no recém-reabilitado Museu Nacional de Arqueologia evidenciaram uma das várias questões que Nunes Júnior enfrentará. "Agora, e após a posse em Luanda, estou pronto para compreender e enfrentar os desafios", afirmou o novo governador de Benguela, uma província com contratos que ultrapassam 2,7 mil milhões de dólares.
Natural de Benguela, Nunes Júnior destacou setores prioritários como energia, água, educação, saúde, infraestrutura e produção nacional. Ele ressaltou também a importância do Corredor do Lobito para a diversificação econômica e o relançamento da produção local.
Com o lema "Benguela - Município a Município - Rumo ao Desenvolvimento", Nunes Júnior garantiu a continuidade do Programa Integrado de Infraestruturas Emergenciais, assegurando que a dinâmica de investimentos será mantida. Ele afastou dúvidas sobre possíveis atrasos nos desembolsos financeiros para essas obras, que somam cerca de 415 milhões de euros. "As obras vão prosseguir, e contamos com todos", enfatizou.
O governador cessante, Luís Manuel da Fonseca Nunes, expressou sua satisfação ao servir Benguela, destacando o compromisso e os resultados alcançados. "Houve desafios e algumas limitações, mas sempre priorizamos as pessoas", disse.
Em resposta, o deputado Avelino Canjamba José, secretário provincial da UNITA, reconheceu o trabalho de Luís Nunes, embora observasse que ainda há altos índices de pobreza. Ele instou o novo governador a focar nos problemas das famílias em situação de extrema pobreza, dando-lhe um prazo de cem dias para compreender a realidade local e iniciar as ações.
Fonte: NJ