Luanda - O Grupo Parlamentar da UNITA criticou a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025, alegando que ela prioriza elites políticas em detrimento de setores essenciais. A UNITA sugere uma auditoria na dívida pública e levanta questões sobre o comprometimento do governo com o desenvolvimento social e econômico. O partido também homenageou os heróis da luta pela independência, celebrando os 49 anos de independência nacional, mas apontou desafios persistentes para o desenvolvimento do país.
“A proposta do orçamento, em vez de atender às necessidades da população, favorece elites políticas e perpetua a pobreza, o desemprego e as desigualdades regionais”, afirmou o grupo parlamentar. A UNITA argumenta que o orçamento direciona mais de metade do total das despesas ao pagamento da dívida pública, reduzindo recursos para investimentos em áreas como saúde e educação, consideradas essenciais para o bem-estar dos angolanos.
Segundo o partido, a proposta de orçamento apresenta uma visão "otimista" da inflação, com uma previsão de 16,6%, em meio a um cenário de alta nos preços de combustíveis e alimentos. Além disso, a UNITA expressou preocupação com a centralização do poder, a partidarização da administração pública e a exclusão da Assembleia Nacional das celebrações do cinquentenário da independência, previstas para 2025.
Em um esforço para fomentar uma discussão sobre a transparência e sustentabilidade nas finanças públicas, a UNITA sugeriu uma auditoria interna da dívida pública. O partido acredita que isso ajudará a direcionar os recursos para onde sejam mais necessários, atendendo às necessidades da população em vez de favorecer grupos específicos.
A declaração final da UNITA incluiu ainda 14 perguntas destinadas a refletir sobre o compromisso do governo com temas como ética, justiça social e reconciliação nacional.